quinta-feira, 25 de março de 2010


saudade, essa coisa que mata
quando invade o coração da gente
nos pega desprevenidos e maltrata
a paz da nossa mente, clemente
eu peço, faço prece a jesus, não nego
tão fiel e tão covarde, firo meu ego
por vezes não suporto viver nesse conflito
ave, bala que tem poder divino, tão santo
corta meu medo derradeiro sem sujar teu manto
acaba com esse meu sofrer infinito.

saudade, essa palavra tão forte
leve, cheirosa e cheia de sentido
me abraça, me aperta, me leva ao norte
me abandona e me deixa à sorte, perdido
nesse seu levar não sei o que faço
nas horas de solidão me entrego aos seus braços
oh, noite de tempestade impiedosa
frio que massacra e acalenta meu corpo
sem pena insiste em me ver chorosa
mas confesso aos gritos que te adoro e
[por ti eu sei sempre que morro

vitoria fulô

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