sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sabe o gosto de chuva inesperado que se mistura confusa com meu silêncio?
tenho muito do vento nos meus pedaços. Deixa pra lá, mas, olha, Tuas mãos são escorregos pra eternidade.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Atenta a face do querer surge a admiração, antecedendo a paixão, que torna as vias mais claras.
os olhos de águas raras, azul da calma, dissipou o que de resto havia de desigual. Natural é querer, sempre mais...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Breve S


Faças o que quiseres fazer de mim, mas não me traga os teus fantasmas...
Não pra tão perto assim.
não me faças querer esquecer de ti e nem me arrepiar de raiva.
faças o que quiseres fazer de mim, mas não me plante mágoas... não em mim.
não me faças querer fechar olhos e nem explodir calada.
não, não me faças tremer sem sorrir por uma alma que te foi ingrata.
Não quero ter medo
nem privar meus desejos
mas vejo os teus erros
E te peço pra que cuides dos meus receios: dos meus sonhos dos meus segredos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


Não, amor, eu sei pouco sobre essa vida
e nem o mínimo sei sobre as pessoas
não importa se são ruins ou se são boas
mas o que sou: eternamente foragida.

Interditada por crenças alheias... Sugam
o que de mim resta ainda de mortal
a competição é lei mais que natural
são as minhas feridas que eles copulam

Mas tenho resquícios desse bem desigual
que nos amanhãs há de se tornar ausente
tento ser feliz e sorrir mesmo descrente

Sei, te(m)-no-rio (é) mais do que obscuras águas
não me sinto estar nesse mundo, cortada
até tento ser da rua, mas vivo deitada...


menino, por que andas tão aflito?
deverias esquecer as estradas
e andar com essas mão desatadas,
talvez, olhar um pouco mais o céu
Não queira voar tão perto do sol,
não ainda. Pois tens tanto de ícaro
teus sonos tortos e teu sonho pícaro
te abduzem para além do arrebol


Original painting Herbert Draper 1898